19/05/2013

NASCIMENTO DE SOFIA

 


(.....)O nascimento de Sofia foi mais um daqueles episódios da minha vida que merecem ser mencionados ao pormenor.

Ás vezes imagino um filme qualquer com várias cenas da minha vida incluídas nele. Houve episódios e continua a haver, que dariam, sem pretensiosismo algum da minha parte, para cenas de uma novela ou mesmo de um filme.

Era domingo, almoço habitual em casa dos meus pais. O que ficou sempre gravado em todos nós é que o facto de eu ir a correr de encontro ao puxador da porta da varanda de casa dos meus pais para ver passar na rua uma noiva conhecida, acelerou o processo de nascimento de Sofia. 

No momento, apenas senti uma pequena dor que passou de imediato.


Depois do almoço, seguimos os dois, eu e Leo, para o cinema em Lamego a apenas meia dúzia de kms de casa. Fomos ver um filme de ficção científica sobre um asteroide que atinge a terra e destrói parcialmente o mundo. O primeiro filme realizado neste género com quatro actores de que gostávamos; Sean Connery, Natalie Wood, Henry Fonda e Martin Landau que eu adorava do filme “Espaço 1999”, o espetacular comandante da nave espacial John Coenig. Como fui sempre uma curiosa apaixonada pelos mistérios do universo, não podia perder este filme.Passados poucos minutos e, sem o filme ter verdadeiramente começado, senti-me molhada enquanto sentada na cadeira; tão molhada que o líquido caía no chão.

Assustada e com a certeza de que não estava a urinar-me pelas pernas abaixo, sussurrei a Leo que tínhamos que sair da sala. Como estava escuro, saímos sem que ninguém se apercebesse do sucedido – Graças a deus!Eu usava um vestido de seda rosa seco cheio de flores miudinhas. 

Vestuário próprio de grávida, mas que pela cor e tecido, me denunciaram de imediato mal saí da sala. Por sorte, a dona do cinema estava na saída e apercebeu-se de imediato do que me tinha acontecido dizendo:- Ah a menina está com o saco das águas rebentado, o que quer dizer que tem que ir de imediato para a maternidade.

Sente-se bem? Tem dores? – Eu alarmada e sem entender o que ela dizia, respondi: 

- Não sinto nada. Apenas estou toda molhada, mas não sei como aconteceu isto.

A Senhora explicou-nos mais ou menos o que tinha acontecido, que nós não sabíamos, e o que me ficou gravado foi que tinha que ser internada e o parto antecipado. 

Assim sendo, seguimos para a maternidade e ficamos a saber que não havia médicos de serviço. Era domingo e, pior que isso, era Agosto, mês em que todos brigam por tirar férias. Havia um médico que seria chamado em caso de urgência, apenas. Pelos vistos, não era o meu caso, mas não me deixaram sair, pois o bebé tinha que nascer nas próximas horas; mas nunca antes de segunda-feira à tarde, altura em que o médico chegaria, ou seja, após 24 horas de eu ter perdido o líquido amniótico. 

É claro que deste risco de vida que Sofia correu, só me apercebi mais tarde.Fiquei vestida apenas com uma bata de cirurgia e na cama, pois as sandálias também estavam molhadas.

Leonardo levou tudo para casa da minha mãe, a quem foi fazer o relato dos acontecimentos. Foi a nossa casa buscar a malinha da Sofia, já pronta desde os sete meses de gravidez. Tinha uma outra com as minhas coisas também. Roupa interior, de dormir, robe, chinelos e os produtos de higiene pessoal, todos intactos claro. 

Quando a minha mãe e Leo chegaram, eu já estava de conversa com uma moça chamada Cândida que era cliente de Leo. Ela reconheceu-me como a esposa do seu advogado.

Leo e Cândida cumprimentaram-se e ela de imediato disse a Leonardo:

- Sr. Dr., pode ir descansado que eu tomo conta da sua esposa. Já conheço esta maternidade do avesso, infelizmente. Conheço as enfermeiras e não tenho que dizer. Amanhã deve vir o médico e o Senhor Dr. vai ser pai de uma menina linda, vai ver.

Assim, Cândida tomou o comando da minha situação, deixando um pouco mais sossegados Leo e a minha mãe. Ela relatou as vezes que vinha para a maternidade e o porquê. Contou a sua história toda, o que ajudou no descongestionamento da pressão provocada por toda a inusitada situação.

E assim, ambos se foram embora com a certeza dada pela enfermeira, de que não haveria novidades antes do dia seguinte.

Cândida nunca mais se calou. Contou-me a vida da frente para trás e depois de trás para a frente, para não haver confusões, caso eu ficasse com alguma dúvida. Talvez por isso mesmo eu ainda hoje me lembre dela e das suas histórias tão bem. Fez-me companhia e ajudou-me a passar as horas.

Comigo nada se passava; nem dores, nem nada que me incomodasse. Fui examinada duas vezes desde que lá cheguei, mas mais nada. Tinham passado mais de 24 horas desde a minha entrada na maternidade. 

Na hora da visita, Leo e a minha mãe lá apareceram ansiosos, mas cientes de que ainda não havia novidade. 

A maternidade era um edifício antigo, tipo um palacete. Todo em pedra e abrasonado, como era normal no sec. XVIII. Pertencente a uma família de renome da cidade, mas que de momento estava emprestada à autarquia para servir de maternidade. Tinha sido construído um novo hospital na cidade, mas ainda não estava completamente pronto.

O normal viria a ser mais tarde, a maternidade funcionar junto dos restantes serviços dentro do hospital, mas naquele momento era totalmente independente e ainda bem, caso contrário não sei se me aventuraria a fazer o que fiz.

Já passava das nove horas da noite e eu vinha da casa de banho a caminhar pelo corredor em direcção ao quarto onde ficava com a Cândida. 

Ao passar por uma sala, fiquei alerta ao ouvir o meu nome. Era a sala dos enfermeiros e estavam todos reunidos a distribuir as tarefas para a manhã seguinte. 

Parei e fiquei encostada à parede a ouvir o que me estava destinado, graças a Deus ouvi na íntegra o que diziam: 

- A grávida Vitória, já está com o bebé em risco de vida por causa da falta do líquido amniótico. Já passaram mais de 24 horas e ás sete horas da manhã, estará aqui uma ambulância para a levar para o hospital de Viseu, onde a esperam para lhe fazerem uma cesariana urgente. – e passaram para outro nome de outra paciente.

Acelerei o passo, entrei no quarto e contei a Cândida o que tinha ouvido. Eu estava visivelmente alterada e desnorteada, mas consciente do que deveria fazer de imediato. 

Lembrei-me que a telefonista já tinha saído e os telefones encerrados. 
Virei-me para Cândida e perguntei: - Você tem aí dinheiro? – Ela disse que sim. Então vamos fazer o seguinte - sugeri eu - Eu vou lá fora ao café ligar a Leonardo. 
Ele vai ter que me vir buscar ainda hoje para me levar para o Porto. Cândida estava tão nervosa quanto eu e perguntou:
- Menina a estas horas irem para o Porto, tão longe? E se lhe dão as dores na viagem? Ai meu Deus, isso é muito perigoso. Coitado do Sr. Dr. Ele vai apanhar um susto muito grande.
– Ela já tremia toda, coitada, só de imaginar o que podia acontecer numa viagem tão longa e ainda por cima de noite.Eu não lhe dei tempo de pensar mais e disse-lhe:
- Acalme-se que vai correr tudo bem, mas para isso temos que começar já com o meu plano. Para isso, preciso da sua ajuda bem firme Cândida. 

Você não pode ficar tão nervosa assim, pois toda a gente vai perceber e eu não vou poder sair à rua. Vamos lá, vou-lhe explicar o que preciso de si está bem?- Ela assentiu com a cabeça e sentou-se na beira da minha cama junto a mim.

- Eu preciso que você e mais duas ou três amigas suas dos outros quartos vão até à sala dos enfermeiros e os distraiam com perguntas, conversa fiada e umas brincadeiras, que já vi que eles gostam, enquanto eu vou lá fora.

Uma tem que ficar no comando e guardar a minha saída e entrada para ser tudo perfeito e nenhum deles suspeitar de nada. 

Quando Leo chegar, eles vão-se questionar como é que ele soube do sucedido, mas nunca vão saber nada, entendido? Cândida estava absolutamente atenta a tudo o que eu dizia, mas assustada
– Menina não era melhor eu ir ao café consigo? Vai sozinha? A uma hora destas? Ai minha nossa Senhora dos Remédios valei-nos!
- Claro que vou sozinha. Você tem que ficar a comandar as tropas. Você consegue e eu também, o café é aqui ao lado, não vou demorar nada.

A esta hora Leo está em casa, portanto, vai ser canja Cândida! - Pode deixar, já vi que está decidida a ir sozinha, por isso eu tomo conta aqui do pessoal. 
Quando vier ainda estaremos todas lá com os enfermeiros na conversa, vai ver menina. Vamos lá então, mãos à obra.Ela foi tratar da mobilização das tropas e eu aquietei-me à espera de carta-branca para avançar. 

Entre as grávidas que passaram para a casa de banho, as que pararam na porta da sala dos enfermeiros e as que entraram lá, eram no total umas seis. Corri de imediato para a porta da rua e saí em camisa, robe e chinelos de quarto. 

Percorri uns vinte a trinta metros e entrei no café. Felizmente, não estava quase ninguém dentro e fiz a chamada, rezando para que Leo estivesse em casa. Claro que eu tinha um plano B. 

Caso ninguém atendesse o telefone em minha casa, ligaria para a minha mãe que se encarregaria de procurar Leo e de lhe transmitir o sucedido. 

Leo atendeu-me e rapidamente lhe resumi o que se estava a passar, para calmamente o instruir sobre o que havia de fazer para me ir buscar ainda naquela noite e seguirmos viagem para o Porto. Ele garantiu-me que tinha entendido tudo e que não demoraria a ir buscar-me. 

Queria saber muito mais do que aquilo que eu tinha tempo para gastar com conversas e rematei repetindo as instruções. – Está bem, vai lá para a tua cama e descansa tranquilamente que eu trato de tudo e rapidamente estarei aí.- despediu-se Leo.Voltei à maternidade e Cândida estava na porta à minha espera. 

Assim que me avistou, respirou fundo e viu pela minha cara que o meu plano tinha dado certo. Quando cheguei bem perto dela, fiz-lhe sinal para ir para dentro tomar conta das suas tropas. 
Ela obedeceu e desapareceu da minha vista. A porta da rua ficava num andar inferior. 
Era preciso subir uma escadaria bem larga para aceder ao andar onde nos encontrávamos todos. Foi fácil sair e entrar sem ninguém ver. 

O porteiro, tal como a telefonista, saíam às nove horas e só voltavam às sete da manhã. Dirigi-me calmamente para o meu quarto e enfiei-me na cama. 

Cândida, após me ter visto chegar, foi desarmando as suas tropas tão rapidamente, como as armara. Tinha dado tudo certo. Em poucos minutos, começaram a chegar os soldados com a comandante ao meu quarto, querendo saber como tinha sido e, o mais importante de tudo, se o esforço de todas tinha valido a pena.

Claro que lhes agradeci e comuniquei que estava tudo bem. Em pouco tempo estaria fora dali. Olharam-me como se eu fosse o seu mais alto superior, talvez o coronel, uma vez que a comandante era a Cândida e que não parava de dizer o quanto eu era valente e me admirava etc. e tal. 

Algumas ficaram com pena, porque acharam este episódio uma verdadeira aventura, na cabeça delas, digna de ser comparada a um Indiana Jones ou a outro qualquer aventureiro de renome e queriam mais.
Tenho a impressão de que algumas ainda devem contar esta história muitas vezes. Sinceramente, eu também achei empolgante, principalmente porque não sentia qualquer dor.

Foi um reboliço tal que despertou a curiosidade de duas enfermeiras que entraram no meu quarto a quererem saber o que se estava a passar. 
As tropas estavam espalhadas pela minha cama e da Cândida. Eu estava deitada com cara de santa. Quando elas perguntaram por que estava toda a gente ali, que mais parecia uma cavalaria, demos uma risada em uníssono. 

Antes que elas perguntassem o motivo de tanta risada, Cândida disse prontamente:- Oh foi a Lúcia que veio continuar as anedotas que estava a contar na vossa sala, só que aqui ela tem estado a contar das picantes. Mas eu já lhe disse que amanhã continuávamos porque já é tarde e estamos todas cheias de sono.- Não fosse ela a comandante! 

Não deu nem tempo para as enfermeiras comentarem nada, pois as tropas desapareceram. Esta brincadeira deu-se por volta das dez horas da noite. 

As tropas dispersaram mas não desarmaram, pois tinham que estar alerta para quando chegasse o Sr. Dr., afinal esse seria o momento mais importante da noite. 
Só com a sua chegada é que se saberia se os esforços tinham realmente valido a pena. 
O tempo foi passando, e o silêncio e a calma tomaram posse de mim e adormeci. 

Estava tão calma e tranquila que mal dava conta da Cândida que parecia uma andorinha; entrava e saía do quarto constantemente e andava pelo corredor com a desculpa, perante os enfermeiros, de lhe doerem as costas e se sentir melhor assim caminhando.

De repente, e com muito cuidado para não me assustar ao acordar-me, Cândida disse-me junto ao ouvido:
- Menina, o Sr. Dr. já chegou. Está na sala a falar com os enfermeiros, mas veio uma senhora com ele, será médica?
-Não. É nossa amiga e vai ser a madrinha da Sofia. – Respondi eu ensonada ainda.
- Ah está bem. Eu vou lá ouvir o que se passa e já volto para lhe contar tudo.- Explicou ela.
Despertei mas não me mexi. 
Continuei deitada e calma, aparentemente, pois não sabia se seria fácil sair dali, principalmente pela hora. Aguardei um pedaço e a Cândida nunca mais aparecia. 

Acabaram por entrar todos ao mesmo tempo. Explicaram-me o que se estava a passar e depois de Leo assinar um termo de responsabilidade, fiquei finalmente livre para me ir embora. 

Despedi-me e agradeci mais uma vez às tropas envolvidas e a Cândida ficou com as lágrimas nos olhos ao ver-me a afastar.

Mais tarde, convidei-a para ir lá a casa e confessou-me que aquela noite tinha sido pra recordar a vida toda. Tantas vezes ela tinha sido internada e só daquela vez é que tinha sido bom estar lá dentro. Cândida não conseguia levar uma gravidez ao fim sem ser internada. 

A partir dos cinco meses, tinha contracções fortes. Todos os seus filhos tinham nascido prematuros de sete meses. Já ia no quarto e mais uma vez com as “ditas contracções” e quase certo mais um parto prematuro. Dessa gravidez nasceu uma menina e ela decidiu pôr-lhe o meu nome como uma forma de jamais esquecer o que tinha acontecido. Ainda mantive contato com ela durante muito tempo.Leo levou as coisas para o carro com a ajuda de Emília. Eu vesti o robe, calçei os chinelos e fiquei pronta para mais uma nova aventura. 

Passamos em casa dos meus pais, que ficava a caminho do nosso destino e a minha mãe aconchegou-me com uma almofada. 
Eu ia quase deitada no banco da frente junto a Leo que conduzia o carro. 

Emília ia sentada no banco de trás do lado do condutor, pois o meu banco ocupava o espaço quase todo do meu lado. 

Era muito perto da meia-noite. Esperava-nos uma viagem de mais de duas horas, apesar de serem pouco mais de 100 km.Sentia-me bem e ia muito bem-disposta. Tanto Leo como Emília iam atentos a todos os meus movimentos. 

Se me mexia, perguntavam logo se eu estava bem, se sentia alguma coisa etc. As perguntas deles eram tão frequentes, que fiz um trato com eles: 

- Vamos combinar uma coisa. Não me perguntam mais se estou bem, porque à mínima dor ou qualquer coisa que sinta, eu informo ok? Eu sei que o fazem com a melhor das intenções, mas como me sinto tão bem, incomoda-me a vossa preocupação. 

Vamos tentar conversar sobre outros assuntos e aliviar a pressão tá?- concordaram e seguimos sem falar mais no assunto, pois felizmente não foi necessário. 

Chegados à maternidade na cidade do Porto, já uma equipe me aguardava. A médica examinou-me e disse que não tinha sinal de dilatação. 

A bebé estava bem, mas não podia adiar muito mais o seu nascimento. Administrou-me por via endovenosa num frasco de soro, uma versão sintética do hormônio ocitocina, o que fez com que as contrações começassem a aparecer rapidamente, aumentando em ritmo e intensidade. 
Aguentei até as 7.30 da manhã. A essa hora já nem sabia onde estava, tal eram as dores que sentia e quase me faziam perder a consciência. 

Tanto Leo como Emília, contavam assistir ao parto, mas devido à dificuldade que eu estava a ter em fazer a dilatação, tive que ser levada para a sala de cirurgia. 

Deram-me anestesia geral e tiraram-me a Sofia com ajuda de instrumentos, que prefiro nem saber quais foram. 

O pai e a madrinha ficaram muito decepcionados por não poderem assistir ao seu nascimento, mas foi impossível. 
Pelas marcas no corpo da Margarida, vimos que foi mesmo tirada à força, evitando a cesariana. 

Nasceu às 8h da manhã e foi levada para o meu quarto às 8.30m. 
Eu fui mais tarde e completamente a dormir. Por mais tentativas que fizessem para me acordar, nada resultava, porque eu abria os olhos, mas voltava a fechá-los. 

Isto durou umas horas até perto da hora do almoço, altura em que olhei e vi a Margarida vestida de rosa. É que, não sei porquê, a enfermeira que tratou dela depois de nascer, escolheu o único "babygrow" azulão que ia na mala. 

Sempre que eu abria os olhos, encarava com aquele azul forte e, subconscientemente ou não, pensava que era um rapaz e recusava-me a acordar e a sair dos efeitos anestésicos. 

Leo e a minha mãe, que entretanto tinha chegado de comboio, tentavam chamar-me para olhar a menina linda que tinha ao meu lado, mas sempre que abria os olhos encarava a cor e fechava-os de novo. Numa dessas vezes, murmurei que era um rapaz.

Felizmente, a minha mãe teve a feliz ideia de mudar o fato da Margarida. 

Vestiu-lhe um rosa e aí sim, acordei logo e confirmei que era uma menina. 
Olhar, afagar e cheirar Sofia foram uma mistura de emoções indescritível. 

Saber que aquele montinho de carne de apenas 3.350kg era meu e só meu foi uma delícia. Ainda por cima, veio a cara do pai. 

Aliás, o anestesista disse a Leo que só lhe faltavam os óculos para ser igualzinha. Para além do desejo de que nascesse perfeita, era que fosse parecida com Leo.

Assim foi, mais um desejo realizado. Fiquei 3 dias na maternidade e nunca cheguei a entender porque não me deixaram amamentar. 

As ordens da médica tinham sido para me vestirem o soutien bem apertado e nada de amamentar. 
Este sim era um amor incondicional e completamente carnal. 

Esta criaturinha minúscula viria a ser para sempre a minha melhor amiga e o meu maior amor, pensava eu com toda a certeza, enquanto a beijava sofregamente. (..........)(M.J.L.)

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